O nome da vez é Mallu Magalhães. A mocinha da fotomontagem acima (feita por ela mesma) tem apenas 15 anos e se tornou febre após colocar suas composições no MySpace (www.myspace.com/mallumagalhaes). Mallu preencheu um espaço disponível na cena musical brasileira com seu indie-folk, que embora não seja novidade, é completamente original entre os artistas locais.
As canções da paulistana são doces, pegajosas e felizes. Suas influências são bem variadas e pouco comuns à sua idade: Belle & Sebastian, Johnny Cash, Bob Dylan, Beatles, Mutantes, Cazuza, João Gilberto e muito mais. Tudo começou com a coleção de LPs da vó dela e de idas a lojas de discos, onde ficava ouvindo de tudo. Suas primeiras composições, que são justamente as que lhe deram notoriedade, são todas em inglês. Mallu admite não ter fluência no idioma e compor com um dicionário ao lado. Assume também ter dificuldade em escrever em português, pois as coisas soam muito explícitas (quase todas as suas composições são feitas para alguém) e quando a música é em inglês, as pessoas não sacam na hora. Mallu fala ainda francês e italiano, tendo inclusive uma composição em francês, que não mostra a ninguém. Além de poliglota e compositora, ela adora desenhar e pensa em fazer faculdade de design gráfico.
A primeira música que ela compôs para si mesma foi Tchubaruba, justamente seu maior hit. É quase impossível não se apaixonar por Mallu ao ouvir essa canção. Mas o que significa tchubaruba? A própria Mallu esclarece: "Tchubaruba é o que você pensa de bom. Eu tentei criar uma coisa que as pessoas tivessem na cabeça, que fosse fácil de falar. Tudo bem que num é, mas, sei lá, é pra pessoa meio que tentar. É impossível representar a felicidade… Eu tentei juntar minha própria concepção de felicidade numa palavra só. É meio um verbo, um substantivo, um nome, uma definição e é um texto. E não é pra ninguém. É pra mim. E é pra todo mundo. Você pode tá ouvindo musica e tchubarubando, comendo sucrilhos e tchubarubando."
Suas outras composições são igualmente interessantes e merecem ser ouvidas e apreciadas. Get to Denmark, é uma declaração de amor para um garoto que foi morar na Dinamarca e que nunca chegou a ouvir a canção. J1 e Don't You Leave Me fecham as 4 músicas disponíveis no MySpace da jovem. Sua primeira composição em português, Vanguart, foi composta durante uma temporada no Canadá, onde ela cansou de ouvir apenas músicas em inglês e sentiu saudades de casa. A letra mostra uma maturidade acima da esperada e prova que Mallu está onde merece. Veja abaixo Vanguart no YouTube, numa apresentação no programa Poploaded do iG.
Apesar do sucesso, Mallu precisa também levar a vida de uma garota de 15 anos. A menina-prodígio não gosta da escola e tenta perder o mínimo de tempo possível com essa obrigação, alegando que não há muito que ela precise aprender ali. Mesmo as aulas de música, onde aprendeu violão clássico e canto, eram uma tortura para a moça. Ela não entendia as "bolinhas" da partitura e queria tentar algo diferente. A idade também pesa na sua vida de artista noturna, pois precisa estar acompanhada de um responsável durante seus shows ou ter autorização para se apresentar em cada estabelecimento. Como seus pais sempre a acompanharam de perto, estão sempre presentes em seus shows. Ter 15 anos tem no entanto suas vantagens. A pouca idade libera, de certa maneira, ela e seu trabalho de qualquer crítica negativa.
Mallu está na Rolling Stone de março e em várias vinhetas da MTV, esteve no Altas Horas e fará seus primeiros shows fora de São Paulo nos dias 28 de março, no Rio, e 06 de abril, em Brasília. Guardem bem o nome pois ela está apenas começando. Para finalizar, um vídeo de Mallu fazendo um cover de Folsom Prison Blues, de Johnny Cash.
quinta-feira, 6 de março de 2008
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